HQCon

Olá, pessoal. Estou preparando outra postagem para voltar a mover isto aqui, mas vou deixar para depois pra hoje falar sobre a HQCon, um evento de quadrinhos que ocorreu no último sábado aqui em Floripa.

O evento começou com um certo atraso, mas tinha combinado de ir com uma amiga e ainda encontrei uma galera na frente do local (foi no Floripa Music Hall, que geralmente é usado pra eventos musicais, mas whatever), daí ficamos de papo até abrirem as portas.

O local era meio escuro, e  a única câmera que eu tinha era a do celular, que tem um flash tosco e não consegue captar imagens amplas no escuro, então vou ficar devendo fotos do pavilhão por inteiro e mostrar alguns detalhes:

Infelizmente não tinham lojas com HQs a preços bons (estandes com HQs e Graphic Novels a preços padrão e uma banquinha com mangás superfaturados), mas tinha uma exposição de quadrinhos de um colecionador (Vincent Pasquier) que trouxe várias coisas dazoropa (clique para ampliar):

 Várias HQs que nunca tinha ouvido falar sobre, mas tirei fotos pra pesquisar depois

TinTim - conhecido de todos, pelo menos por causa do desenho. Li quase toda a série há alguns anos em português de Portugal (diferente, mas totalmente compreensível :p) na biblioteca do colégio.

TinTim em chinês :o

Também teve uma exposição de esculturas muito legais do Leandro Chaves, mas as fotos ficaram muito toscas. Vejam no link dele fotos em boa qualidade e abaixo uma amostra chupinhada da galeria:

Tá na hora do pau!

Como a lista de atrações pode ser vista no site, vou tentar dar um resumo geral do que achei do evento:

As palestras foram, na maioria, bem divertidas e informativas. Eu já tinha visto uma apresentação do AnimaKing mais completa na UFSC, e no evento eles foram mais breves, mais voltados à divulgação do trabalho e algumas curiosidades, mas com menos informações do histórico. Não conhecia o Cafundó Estúdio Criativo, e achei a apresentação deles instrutiva, embora não tenham mostrado muita coisa do trabalho deles.

A palestra de HQ autoral foi muito boa, com artistas do Quarto Mundo, um grupo de artistas independentes que mostrou o grande  potencial que o Brasil tem pra produzir quadrinhos de qualidade dos mais diferentes gêneros. Vale a visita ao site deles.

Apresentação dos artistas do Quarto Mundo Pedro Franz

Depois da apresentação comprei umas revistas pra conferir de perto o trabalho dos caras.

Na mesma palestra estava Pedro Franz, roteirista e desenhista daqui de Floripa, que lança no seu blog as edições da obra Promessas de Amor a Desconhecidos Enquanto Espero o Fim do Mundo. É uma leitura bem mais "dark" do que o público em geral espera de uma HQ; vale a espiada.

Perdi algumas palestras/"mesas redondas" pra ficar bisbilhotando melhor alguns estandes e fiquei impressionado com a banquinha dos Super Fakes, bonequinhos artesanais de vários ícones da cultura pop de várias mídias. No catálogo tinha um kit Ramones muito massa, e à venda uma montagem "3D" de fase do Mario.

Minifigs, Bustos, de tudo um pouco.

Tinha umas camisetas lindas, e as tematizadas no universo do Lanterna Verde sempre me chamam muito a atenção. Mas não iria pegar uma do Lanterna Verde porque, além de metade do meu guarda-roupa ser verde (não por causa de time de futebol - não assisto - , eu gosto da cor mesmo), daqui a pouco tempo vai ser uma das coisas mais comuns de se ver na rua (na verdade já é - metade das camisetas "nerds" que se vê por aí ostentam o símbolo da bateria do anel). Acabei pegando uma da tropa dos Lanternas Vermelhos. Boa pros dias em que se acorda irritado com tudo.

Cor alaranjada é um oferecimento da minha webcam.

De qualquer forma, a camiseta que usei o dia todo foi esta:

Uma mente do tamanho de um planeta estampada numa camiseta.

Estampada por mim mesmo - orgulho - com as técnicas de stencil que estou treinando.

Isso me lembra que um cosplayer de mochileiro (de roupão e toalha)  tirou uma foto comigo. Vou ver se depois descubro quem é o cara.

Mas ainda falando do herói esmeralda, estar acompanhando a revista dele me rendeu um prêmio. Em dado momento os caras da Loja Universo (que distribuíram alguns vários prêmios durante o dia) chamaram as pessoas para que o primeiro a subir ao palco e entoar o juramento dos Lanternas Verdes ganhasse um boneco do Conan - o Bárbaro (... é, eu também não entendi a ligação). Quando eles falaram em "dizer" alguma coisa eu tive uma epifania e já estava correndo desesperado pra ser primeiro a pular (e pulei mesmo) no palco e entoar o juramento da Tropa. Nerdgasm total, mas o medo de público me fez ficar tremendo por uns cinco minutos depois de falar no microfone.

 Conan Pit Fighter - o trocadalho é óbvio

Outra presença célebre foi o desenhista Eduardo Barros (que também atende pelo "nome artístico Eddy Barrows), brasileiro contratado da DC Comics que atualmente é o responsável pelos traços na publicação do Superman, uma responsa grande com um dos maiores símbolos  dos quadrinhos. O cara é de uma simpatia inacreditável; dava atenção a todas as dezenas de fãs em volta da mesa dele e deve ter feito mais de duas centenas de desenhos  - que eu tenha visto: muitos Super-Homens, alguns Batmans, alguns Hal Jordans, um Arqueiro Verde foderosíssimo, um Cabeça de Teia da concorrente e um Pinguim mafiosamente maligno.

 Eddy Barrows desenhando Superman para algum fã.

 

Minha amiga com o Pinguim que o Eduardo preparou no capricho

Eu fiquei com um Hal Jordan, e ainda peguei um autógrafo numa página que ele desenhou pro Lanterna Verde

Além do desenhista do Superman, encontrei o tradutor das HQs de heróis da Panini, que eu nunca imaginaria que mora aqui na ilha, e pedi pra ele assinar também a HQ do Lanterna.

Aconteceram mais coisas, mas o post já está gigantesco e fico imaginando quantos vão ler tudo mesmo. Se você chegou até aqui lendo tudo, deixe um comentário. Se pulou o texto e ficou só nas imagens, deixe seu comentário também, e em breve vou trazer um post com um pouco menos sobre a Vida, mas bastante sobre o Universo e Tudo Mais.

Grande abraço e até a próxima.